Poucos dias antes de falecer, o Papa Francisco deixou ao mundo um gesto de generosidade e humanidade que resume, com perfeição, o espírito de seu pontificado. O líder da Igreja Católica doou os últimos 200 mil euros que possuía para ajudar prisioneiros na Itália — um ato silencioso, mas poderoso, que ecoa seus valores de compaixão, justiça social e inclusão.
O valor foi destinado a dois centros penitenciários em Roma: a prisão de Rebibbia e o centro de detenção juvenil Casal del Marmo. A doação será usada para apoiar projetos como uma fábrica de massas, que gera trabalho e esperança para os detentos, além de contribuir para sua ressocialização.
Segundo o bispo Benoni Ambarus, responsável pela pastoral carcerária da capital italiana, o Papa ouviu com atenção as dificuldades enfrentadas pelas instituições. Mesmo já tendo utilizado quase todos os seus recursos pessoais em outras obras de caridade, ele decidiu doar o que ainda restava em sua conta. “Ele respondeu que já havia acabado com quase todo o dinheiro, mas ainda havia algo na conta”, contou Ambarus à agência de notícias Ansa.
Apenas quatro dias antes de sua morte, Francisco visitou a prisão de Regina Coeli. Para o bispo Benoni, esse gesto foi como um último grito ao mundo: um apelo por mais atenção, empatia e dignidade para com os presos — muitas vezes esquecidos e marginalizados pela sociedade.
Mais do que um ato de caridade, essa doação final representa o legado de um Papa que nunca deixou de olhar para os que estão à margem. Francisco nos lembra, até o último suspiro, que a verdadeira grandeza está em servir.
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