É fato que consumir açúcar em excesso pode trazer inúmeros malefícios à saúde. E engana-se quem acredita que os riscos estão ligados exclusivamente a problemas metabólicos, como obesidade e diabetes. Os altos níveis de açúcar no organismo também têm impactos negativos sobre o nosso cérebro, podendo afetar funções como memória, concentração e até controle emocional.
De acordo com o neurologista Rubem Regoto, o cérebro é um grande consumidor de energia. “Mesmo representando apenas dois por cento do peso corporal, ele gasta vinte por cento da glicose disponível no organismo”, detalha. Embora esse combustível seja essencial para a execução das funções cerebrais, ele precisa ser bem regulado por meio de uma alimentação equilibrada, garantindo que o cérebro funcione com eficiência e estabilidade.
“O consumo de açúcar tem impacto na nossa glicemia. Ele causa picos rápidos de energia, seguidos por quedas bruscas, o que pode levar a fadiga, irritação e compulsão por mais açúcar” explica a nutricionista Juliana Bayeux. Esse efeito de montanha-russa acaba deixando o cérebro mais vulnerável a oscilações de humor, ao cansaço e a falta de foco.
Outra consequência desse fenômeno é o prejuízo na produção natural de serotonina, hormônio essencial para a estabilidade emocional e o bom humor. “Isso significa que, a longo prazo, o açúcar pode contribuir para sintomas depressivos e crises de ansiedade”, avalia a nutricionista. E os problemas não param por aí.
“O excesso de açúcar pode causar resistência à insulina no cérebro, prejudicando a comunicação entre os neurônios e aumentando o risco de doenças neurodegenerativas”, descreve o neurologista Rubem. O açúcar favorece, ainda, a inflamação no cérebro, o que pode afetar desde a memória até o processo de tomada de decisões.
Fonte Correio Braziliense
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