Mc Poze é transferido para Penitenciária em Camburão com outros presos

Na entrada do funkeiro Marlon Brendon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo, em um camburão para ser levado para a Cadeia Pública José Frederico Marques, na tarde desta quinta-feira (29), chamou a atenção a reação de outros presos que já estavam no veículo.

“C…, é o Poze! Coé, Poze”, grita um detento que está perto da porta assim que o MC entra, algemado com outros presos.

Lá de dentro, outro grita: “É o Poze, é o Poze! O malvadão ‘tá com nós’! [SIC]”Conhecido por ostentar um estilo de vida exuberante, o artista e empresário de 26 anos tem ao menos 15 milhões de seguidores nas redes sociais.

Poze foi preso no fim da madrugada desta quinta por agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do RJ. Poze é investigado por apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas.

Policiais cumpriram o mandado de prisão temporária na casa dele, em um condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro

Ao sair da Cidade da Polícia, Poze disse que sua prisão é uma perseguição.

“”Isso é perseguição, mané. Cara de pau, isso aí é perseguição. É indício, mas não tem prova com nada. Manda provar aí”, disse o MC, afirmando que a polícia deveria ir atrás dos criminosos e dos traficantes que estão nas comunidades, não dele.

Uma nota foi postada nas redes sociais de Poze e afirma que as acusações “não fazem o menor sentido” e que é “mais um episódio de racismo e preconceito institucional”.

“Hoje o Poze foi surpreendido com um mandado de prisão temporária e uma busca e apreensão na sua casa. A acusação de associação ao tráfico e apologia ao crime não fazem o menor sentido, Poze é um artista que venceu na vida através de sua música. Muitos músicos, atores e diretores tem peças artísticas que fazem relatos de situações que seriam crimes, mas nunca são processados, porque se tratam justamente de obras de ficção. A prisão do Poze, ou mesmo a prisão de qualquer MC nesse contexto é na realidade criminalização da arte periférica, uma perseguição, mais um episódio de racismo e preconceito institucional, a forma absurda que o Poze foi conduzido é a maior prova disso.”

De acordo com as investigações, Poze realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo Comando Vermelho (CV), com a presença ostensiva de traficantes armados com fuzis, a fim de garantir a “segurança” do artista e do evento.

Ainda de acordo com a DRE, o repertório das músicas de Poze “faz clara apologia ao tráfico de drogas e ao uso ilegal de armas de fogo” e “incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes”.

A delegacia afirma que shows de Poze são estrategicamente utilizados pela facção “para aumentar seus lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes”.

“A Polícia Civil reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e os financiadores diretos dos eventos criminosos”, declarou a instituição.

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