Na noite desta quinta-feira (10), um confronto marcou a caminhada de centenas de indígenas que se dirigiam ao Congresso Nacional, em Brasília. O grupo, que participa do Acampamento Terra Livre — uma das maiores mobilizações indígenas do país — enfrentou forte repressão por parte da Polícia Legislativa, que lançou bombas de gás lacrimogêneo para conter o avanço dos manifestantes.
Os indígenas iniciaram sua manifestação em frente ao Ministério da Saúde, reivindicando melhorias no atendimento à saúde indígena e a implementação de políticas públicas que respeitem os direitos originários. O clima era de mobilização pacífica, com cantos, cartazes e danças tradicionais. No entanto, ao tentar chegar ao Congresso para entregar suas demandas aos parlamentares, foram surpreendidos pela ação da polícia.
Diversas pessoas passaram mal com o efeito do gás e precisaram de atendimento médico imediato. Entre os atingidos estavam mulheres, idosos e crianças que integram os povos originários vindos de diversas regiões do país.
O Acampamento Terra Livre é um evento anual que reúne representantes de centenas de etnias brasileiras. O objetivo é chamar atenção do poder público para pautas urgentes, como a demarcação de terras indígenas, o combate ao garimpo ilegal e a preservação das culturas tradicionais.
Lideranças indígenas criticaram a truculência da ação policial e reforçaram que o protesto tinha caráter pacífico e democrático. Organizações de direitos humanos também condenaram o uso da força contra os manifestantes e cobraram providências das autoridades responsáveis pela segurança do Legislativo.
O episódio reacende o debate sobre o tratamento dado aos povos indígenas no Brasil e a urgência de um diálogo respeitoso e efetivo entre o Estado e as comunidades originárias.
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