O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN) lançou, nesta quarta-feira 23, a exposição fotográfica “Presença Preta”, com retratos de 26 mulheres autodeclaradas negras e pardas que atuam no Poder Judiciário potiguar.
A mostra reúne magistradas, servidoras, estagiárias e colaboradoras, destacando histórias de resistência, lutas e conquistas.
A exposição faz alusão ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado em 25 de julho. As fotos foram produzidas pelos fotógrafos Tasso Pinheiro e Rodrigo Campos, servidores do tribunal.
A desembargadora Lourdes Azevêdo, presidente do Comitê de Valorização Feminina, destacou a importância de lembrar a história das mulheres africanas.
“Nós temos que rememorar as mulheres africanas que foram arrancadas dos seus lares, dos seus familiares para serem trazidas aqui no Brasil. É um passado marcante. E que, de certa forma, nos interrompe. E precisamos sempre ver esse passado, para podermos respeitar o nosso futuro e respeitar o nosso presente e ver o que é que podemos fazer diferente no futuro”, declarou.
Uma das participantes, a juíza Ana Cláudia Secundo da Luz e Lemos, destacou que “foi muito importante participar dessa exposição ímpar e marcante sobre a mulher negra no Judiciário, para mostrar a importância que a gente tem aqui dentro”.
A desembargadora aposentada Zeneide Bezerra, que também foi fotografada para a mostra, ressaltou o impacto social do projeto.
“Então, é um projeto fantástico, eu acho que quem teve essa ideia está muito bem, porque dá visibilidade e nessa visibilidade, às mulheres todas têm que ter dignidade. Diferente para que a gente esteja aqui, então é uma experiência muito feliz”, disse.
A mostra ficará aberta para visitação pública por duas semanas no hall do prédio sede do TJRN e conta com audiodescrição e legendas em todos os vídeos exibidos. Depois, o projeto “Presença Preta” seguirá como exposição itinerante, percorrendo as maiores comarcas do Rio Grande do Norte.
O presidente do TJRN, desembargador Ibanez Monteiro, afirmou que a iniciativa busca dar visibilidade às mulheres negras e pardas do Judiciário e reforçar o compromisso com a equidade.
“A exposição traz aqui uma história de tantas mulheres que tiveram em sua carreira alguma dificuldade por essa exigência. Esse registro é para mostrar que hoje, nós precisamos mudar a opinião dessa pessoa. O trabalho é permanente. A gente faz, mostra e demonstra que o preconceito não acrescenta nada, não contribui para nada. Aliás, atrapalham”, disse.
Fonte: Agora RN
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