Se for verdade, é indefensável: contratação de cabeleireiros como assessores fragiliza ainda mais a imagem da esquerda
A eventual confirmação de que a deputada Érika Hilton teria contratado dois cabeleireiros como assessores parlamentares levanta questionamentos sérios sobre o uso de recursos públicos e o comprometimento com a função legislativa. A denúncia, se comprovada, não apenas mancha a atuação da parlamentar, como também amplia a crise de credibilidade que setores da esquerda enfrentam junto à opinião pública.
É importante lembrar que cargos comissionados no Congresso Nacional têm uma função clara: apoiar tecnicamente o mandato, contribuindo com a elaboração de projetos, articulações políticas e atendimento às demandas da população. Utilizar esses espaços para favorecer pessoas próximas, sem qualificação técnica compatível com as funções do gabinete, representa um desvio de finalidade e um desserviço à democracia.
Além disso, esse tipo de prática alimenta o discurso da extrema direita, que já se aproveita de qualquer deslize para reforçar narrativas de aparelhamento e despreparo. Em um momento em que o campo progressista busca reconquistar a confiança de uma sociedade polarizada, atitudes como essa caso confirmadas soam como um tiro no pé.
A esquerda brasileira, que historicamente defende a ética na política, a transparência e o bom uso do dinheiro público, precisa ser a primeira a cobrar coerência de seus representantes. Não se trata de atacar pessoas, mas de preservar a integridade do projeto político que se pretende representar.
A política exige responsabilidade. Se houve erro, que haja explicações. Se houve abuso, que haja responsabilização.
📹 Metrópoles
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