Criança de 6 anos liga para polícia após mãe ser agredida pelo marido “ela está pingando sangue aqui”

Uma mulher de 42 anos, que não teve o nome divulgado, foi salva das agressões do companheiro após a filha do casal, uma criança de 6 anos de idade, ligar para o 190, número de emergência da Polícia Militar, para denunciar a violência. O caso aconteceu na cidade de Bragança Paulista, no interior de São Paulo, no último sábado, 7.

Durante a ligação, a criança relata que as agressões ocorriam desde o dia anterior e que a mulher estava sangrando. Ainda na chamada, a menina afirma que estava nervosa e que era “apenas uma criança”. Ao fundo, é possível ouvir a mãe dizendo que “está tudo bem”.

190: Polícia Militar, emergência.Criança: Eu preciso de uma viatura aqui. Minha mãe bateu na minha mãe. É rua…

190: A sua mãe bateu na sua mãe?

Criança: Não, o meu pai bateu na minha mãe.

190: E cadê a sua mãe?

Criança: Ela está pingando sangue… Ontem ele [o pai] já bateu na minha mãe.

190: Qual a sua cidade?

Criança: Qual a cidade, mãe? Que cidade, mãe?

190: Que cidade você tá?

A ligação cai e em seguida, a criança retorna para a central de emergência.

190: Polícia Militar, emergência.

Criança: Eu preciso de uma viatura (…), preciso de uma polícia aqui urgente. O meu pai bateu na minha mãe, ela está pingando sangue aqui. Desde ontem ele está… Desde ontem ele está batendo na minha mãe, eu estou muito nervosa, eu sou uma criança!

190: Espera um pouquinho, qual que é a rua da tua casa?

Criança: A rua?

190: É.

Criança: É Bragança Paulista.

190: Não e a rua? Ai é a cidade.

Criança: A cidade? A rua, né?! Ô mãe, qual é a rua? Qual é a rua, mãe? Mãe fala a rua!

A mãe responde ao fundo para a filha afirmando que está bem e a criança continua insistindo para que a mulher informe o nome da rua em que elas mora.

Criança: Fala a rua, fala a rua caramba!

Mãe: Não precisa…

Criança: Fala a rua, mãe!

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) registrado na delegacia da cidade, a Polícia Militar foi até a casa onde a família mora. Ao chegarem no local, a equipe foi recebida pela própria criança. Os policiais encontraram a mulher com lesões pelo corpo e sangrando. Ela relatou, ainda, que foi agredida com socos no nariz e na cabeça pelo marido, e afirmou que essa não era a primeira vez que foi vítima de agressão pelo companheiro.

De acordo com o Mapa da Segurança Pública 2025, divulgado nesta quarta-feira, 11, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), no Brasil, o homicídio de mulheres caiu 8,78%. Em 2023, o número era de 2.655 vítimas. Em 2024, o número caiu para 2.422.

Já a taxa de feminicídio teve um aumento de 0,69% de 2023 a 2024. De acordo com os dados divulgados, em 2023, o número era de 1.449 vítimas. Em 2024, foram 1.459 vítimas.

A capital amazonense é o terceiro maior município com índice de feminicídio no Brasil. No País, o relatório destaca que foram registradas 16 mortes entre janeiro e dezembro na capital amazonense. Os crimes foram registrados em contextos de violência doméstica, familiar, ou por menosprezo e discriminação relacionados à condição do sexo feminino. O levantamento mostra também que no Brasil, em média, cerca de quatro mulheres foram assassinadas por dia em 2024 em razão do gênero.

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