Na última quarta-feira (23), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou os resultados de uma análise inédita e detalhada sobre suplementos alimentares de creatina vendidos no Brasil. O levantamento trouxe dados importantes para consumidores, profissionais da saúde e empresas do setor: embora a maioria dos produtos apresentem teor adequado da substância, a rotulagem incorreta é uma preocupação generalizada.
Ao todo, foram avaliados 41 suplementos de creatina, fabricados por 29 diferentes empresas. O foco principal da investigação foi verificar se o teor de creatina correspondia ao informado no rótulo, além de checar a presença de materiais estranhos e o cumprimento das normas de rotulagem. A boa notícia é que apenas um dos produtos analisados apresentou teor abaixo do permitido. Por outro lado, quase todos apresentaram problemas na rotulagem — um sinal de alerta para consumidores atentos.
Os testes foram conduzidos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), da Fiocruz, com coletas feitas pelas vigilâncias sanitárias estaduais. Os estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Espírito Santo e Rio de Janeiro concentraram as amostras, por serem grandes polos de comercialização. No Rio, inclusive, os produtos foram comprados diretamente no varejo, simulando a experiência do consumidor comum.
Segundo a Anvisa, as análises foram rigorosas e repetidas três vezes para garantir a precisão, conforme determina a Lei nº 6.437/77, que trata das infrações sanitárias. O estudo focou na versão de 300g dos suplementos, a mais popular nas lojas e academias brasileiras.
Essa iniciativa reforça a importância da vigilância sanitária e do consumo consciente. Embora o uso de creatina seja amplamente difundido e seguro quando feito de forma correta, é fundamental que o produto comprado corresponda exatamente ao que está descrito na embalagem. A confiança do consumidor começa na transparência da informação.
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