PASSAGEIRAS PODERÃO SELECIONAR MOTORISTAS MULHERES AO SOLICITAR CORRIDAS POR APLICATIVO. A PROPOSTA, APRESENTADA NESTE ANO NO SENADO, OBRIGA AS PLATAFORMAS A OFERECER ESSA OPÇÃO SEM CUSTOS ADICIONAIS. O OBJETIVO É AMPLIAR A SEGURANÇA E REDUZIR RISCOS DE ASSÉDIO. QUEM TRAZ O DETALHES É O REPÓRTER PAULO BARREIRA.
O sentimento de insegurança em transportes por aplicativo é uma triste realidade compartilhada por muitas mulheres durante suas viagens diárias pelas cidades brasileiras. Uma pesquisa realizada pelos institutos Patrícia Galvão e Locomotiva no ano de 2021, revelou que 81% delas já sofreram algum tipo de violência durante deslocamentos, e 46% não se sentem confiantes para usar meios de transporte. Para enfrentar esse problema, um projeto de lei de autoria do senador Rogério Carvalho, do PT de Sergipe, propõe que passageiras possam optar por motoristas mulheres ao solicitar viagens. A medida alteraria a Política Nacional de Mobilidade Urbana, em vigor desde 2012, obrigando que as empresas do setor disponibilizem essa funcionalidade de forma clara e acessível em seus aplicativos, sem que haja uma cobrança adicional pelo serviço.O senador lembra que algumas plataformas já permitem que motoristas mulheres selecionem transportar apenas passageiras, mas essa mesma opção raramente é ofertada às usuárias. Com a mudança na lei, Rogério Carvalho aposta em maior segurança às passageiras que precisam utilizar esse serviço.
(sen. Rogério Carvalho) “Dá mais conforto às mulheres que usam transporte por aplicativo, para que elas possam escolher se querem serem transportadas por um veículo dirigido por uma mulher ou se pode ser por um homem. Isso é para dar opção. Assim como as mulheres que são motoristas de aplicativo, elas têm o direito de aceitar ou não um passageiro homem no seu veículo. Então, para a gente criar essa condição e o conforto para os passageiros, a gente apresentou esse projeto”.
Se o projeto for aprovado pelo Congresso e depois virar lei, as empresas responsáveis pela prestação desses serviços terão até 180 dias para oferecer essa funcionalidade às suas usuárias. No momento, a proposta aguarda despacho da Mesa Diretora do Senado para iniciar sua análise dentro da Casa. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Paulo Barreira