Se o presidente do PSDB do Rio Grande do Norte, Ezequiel Ferreira de Souza, tivesse votado no candidato do PSDB, deputado Gustavo Carvalho, para o cargo de conselheiro do TCE-RN, o partido teria vencido a disputa com o governo estadual, que emplacou o deputado George Soares (PV) para a almejada vaga na Corte de Contas. A neutralidade de um líder deixa sequelas.
É exatamente isso que ocorrerá com o PSDB. O partido perderá quatro dos seus dez deputados estaduais. Além de Gustavo, deixarão o ninho tucano José Dias, Tomba Farias e Dr. Kerginaldo Jácome, todos decepcionados com Ezequiel.
A mudança estabelecerá novo confronto de forças na Assembleia Legislativa. Os quatro deputados vão se filiar ao PL, somando aos mandatos do Coronel Azevedo e Terezinha Maia, daí, a sigla bolsonarista passará a contar com a maior bancada na Casa, ao lado do PSDB, ambos com seis parlamentares.
Não é só isso. A falta de posição de Ezequiel no processo de indicação do futuro conselheiro do TCE-RN fragiliza a sua condição de líder político na Casa Legislativa, com consequências em 2026.
“Na política, que é arte para uns e arteira para outros, fico do lado da arte” GUSTAVO CARVALHO – Depois de sentir-se “traído” na disputa pela vaga de conselheiro do TCE-RN