Caso a Câmara Municipal de Natal confirme a cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT), a vaga será ocupada por Júlia Arruda (PCdoB). Ex-parlamentar com quatro mandatos na Casa, Júlia é a primeira suplente da federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), que atualmente conta com quatro cadeiras no Legislativo natalense.
Nas eleições de 2024, Júlia disputou a reeleição e obteve 5.180 votos, mas não conseguiu se manter entre os eleitos, ficando na primeira suplência. Fora do Legislativo, assumiu em fevereiro deste ano a Secretaria Estadual da Mulher, Juventude, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semjidh), nomeada pela governadora Fátima Bezerra (PT), cargo que ocupa até hoje.
A possível mudança na composição da Câmara depende do andamento do processo aberto contra Brisa Bracchi. A petista é acusada de destinar R$ 18 mil em emendas parlamentares para o evento “Rolé Vermelho”, realizado em agosto, em Natal. A denúncia aponta que o encontro, divulgado como ato político contrário ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), teria sido custeado indevidamente com recursos públicos.
A abertura do processo foi aprovada por ampla maioria: 23 votos a favor e apenas 3 contrários. Com isso, foi formada uma Comissão Processante, presidida por Anne Lagartixa (Solidariedade), tendo Fúlvio Saulo (Solidariedade) como relator e Daniel Valença (PT) como membro. Brisa terá 10 dias úteis para apresentar defesa, e o processo deve ser concluído em até 90 dias corridos. A cassação só será confirmada se houver o apoio de 19 dos 29 vereadores da Casa.
Enquanto o caso avança, cresce a expectativa nos bastidores sobre a possível volta de Júlia Arruda ao Legislativo. Com longa trajetória parlamentar e hoje no Executivo estadual, sua presença na Câmara de Natal poderia reforçar a atuação da federação Brasil da Esperança, ao mesmo tempo em que abriria espaço para mudanças dentro do governo estadual.
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