O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi visto nesta sexta-feira (18) com tornozeleira eletrônica, em cumprimento a uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A instalação do equipamento ocorreu na Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap), como parte de uma nova operação da Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou risco de fuga como base para a adoção das medidas restritivas.
Além da tornozeleira, Bolsonaro recebeu uma série de restrições impostas pela justiça. Ele está proibido de sair de casa entre 19h e 7h, não pode utilizar redes sociais, manter contato com outros investigados ou diplomatas e está vedado de entrar em embaixadas. As medidas cautelares são parte da investigação sobre possíveis tentativas de interferência em processos judiciais, especialmente no que se refere aos eventos de 8 de janeiro de 2023.
A operação também envolve o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, que é investigado por sua possível participação nas tentativas de obstrução da Justiça. As investigações seguem sob sigilo e a Polícia Federal está analisando mais evidências que possam comprovar as acusações.
Em reação, Bolsonaro classificou as restrições como uma “suprema humilhação” e afirmou que está sendo alvo de uma perseguição política. “Não há provas contra mim, é só perseguição. O Brasil vive hoje sob uma ditadura judicial”, declarou o ex-presidente, que segue sob monitoramento até novas decisões da justiça.