O adiamento da instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deu fôlego ao governo federal e aliados para intensificar as articulações em torno dos principais cargos da comissão. A previsão é de que a abertura do colegiado só avance a partir da segunda quinzena de junho.
Sem consenso na base governista sobre o apoio à CPMI, o Executivo tenta garantir influência sobre a relatoria e a presidência para suavizar o impacto político da investigação e controlar a narrativa. O nome da deputada Tabata Amaral (PSB-SP) surge como uma das possíveis relatoras, em meio a uma disputa acirrada por um posto que promete visibilidade em um ano pré-eleitoral.
Na oposição, o Partido Liberal (PL) vive embates internos para decidir quem ficará com a relatoria. O deputado Coronel Crisóstomo (PL-RO), responsável por iniciar a coleta de assinaturas para a CPI na Câmara, e a deputada Coronel Fernanda (PL-MT), que liderou o movimento pela CPMI, estão entre os nomes cotados.
Outro partido interessado é o PDT, que após a saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência, anunciou uma postura de independência em relação ao governo. O líder da legenda na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), também pleiteia a relatoria da comissão.
Para a presidência da CPMI, a tendência é que o cargo fique com um senador ligado ao Centrão. A escolha costuma ser definida por acordos políticos entre os líderes do Congresso Nacional, que buscam um nome de consenso para conduzir os trabalhos com equilíbrio.
Com a comissão em fase de estruturação, os bastidores seguem agitados, enquanto governo e oposição se movimentam para garantir protagonismo nas investigações sobre fraudes que já custaram bilhões aos cofres públicos e geraram forte repercussão junto à sociedade.
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