Operação Amicis revela ligação entre casal João Eduardo Costa e Layana Costa e empresa automotiva de fachada

Reportagem do jornalista Dinarte Assunção, publicada nesta quarta-feira (2) no Blog do Dina, revelou que os irmãos Rachel e Alexandre Bahia Alecrim, alvos da Operação Amicis, deflagrada na semana passada, comandavam uma empresa automotiva de fachada que movimentou quase R$ 20 milhões, mesmo sem vender um único carro. A empresa fazia parte de um conjunto de negócios que prestavam serviços ao casal João Eduardo Costa de Souza, o Duda, e Layana Soares da Costa, apontados como os principais articuladores do esquema investigado, que teria movimentado cerca de R$ 150 milhões em operações suspeitas.

A RB Alecrim Comércio de Veículos Ltda. estava registrada como concessionária de seminovos em Emaús, Parnamirim, mas funcionava apenas no papel. No endereço indicado como sede, localizado dentro de um condomínio residencial, não havia nenhuma estrutura comercial. Segundo os autos da investigação, trata-se de mais uma companhia fictícia usada para camuflar transações financeiras do esquema.

Embora formalmente registrada no nome da professora Rachel Bahia Alecrim, quem controlava efetivamente a empresa era seu irmão, o empresário Alexandre Bahia Alecrim, por meio de procurações lavradas em cartório. Documentos analisados pela investigação indicam que ele tinha plenos poderes para movimentar as contas bancárias e tomar decisões administrativas em nome da empresa.

Entre março de 2021 e dezembro de 2022, a RB Alecrim movimentou aproximadamente R$ 9,8 milhões em créditos e R$ 10 milhões em débitos, valores que não condizem com a inexistência de atividade comercial real. Parte desses recursos teria sido repassada por empresas já citadas no inquérito da Operação Amicis, como as lojas Schalk Cidade Jardim e Cidade Verde, além de pagamentos feitos à Ano Estampas Ltda., também sob investigação.

Segundo os investigadores, o setor automotivo teria sido escolhido justamente por permitir movimentações financeiras elevadas sem levantar suspeitas de imediato. As transferências seriam uma estratégia para ocultar a origem do dinheiro e dificultar seu rastreamento.

Outro documento relevante é uma procuração assinada por Luiz Carlos Bezerra Junior, proprietário da Coophabeer Distribuidora de Bebidas, que revela o uso de cheques da distribuidora por João Eduardo Costa. A empresa teria sido utilizada para realizar transações financeiras ligadas ao grupo investigado. As movimentações registradas entre a Coophabeer e outras empresas do esquema apontam conexão direta entre Alexandre Bahia Alecrim e os líderes da organização criminosa desmontada pela operação.

No dia 25 de junho, mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra os irmãos Bahia, que tiveram bens bloqueados no valor de R$ 136 mil. A operação segue em curso, e as autoridades aguardam novos desdobramentos que podem ampliar ainda mais as investigações.

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