María Corina Machado, líder da oposição venezuelana, foi detida nesta quinta-feira, 9 de janeiro de 2025, durante um protesto em Caracas, na véspera da posse do presidente Nicolás Maduro. Após 133 dias na clandestinidade devido a ameaças de prisão, Machado fez sua primeira aparição pública em mais de quatro meses, liderando uma manifestação contra o regime chavista. De acordo com seu partido, Vente Venezuela, a comitiva que acompanhava Machado foi “violentamente interceptada” por agentes do regime, que abriram fogo contra as motocicletas que a escoltavam. Após o ataque, ela foi detida e seu paradeiro atual é desconhecido. A detenção de Machado ocorre em um contexto de crescente repressão contra a oposição venezuelana. Nos últimos dias, outros líderes opositores também foram alvos de ações do regime. Por exemplo, o ex-candidato presidencial Enrique Márquez foi detido por agentes de segurança do Estado, e o genro do líder opositor Edmundo González foi sequestrado. A comunidade internacional tem manifestado preocupação com a situação na Venezuela. Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch, solicitaram a libertação imediata de Machado, acusando Maduro de tentar frustrar o processo eleitoral no país. A posse de Nicolás Maduro está marcada para sexta-feira, 10 de janeiro de 2025, apesar de alegações de fraude nas eleições de julho do ano anterior e da falta de reconhecimento de sua legitimidade por parte de diversas instâncias internacionais, incluindo Washington e a União Europeia. A situação permanece tensa, com manifestações de apoio à oposição ocorrendo em várias cidades ao redor do mundo, enquanto líderes opositores prometem continuar a luta pela democracia na Venezuela.
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