A presença da vereadora natalense Thábatta Pimenta (PSOL) na nominata à Câmara dos Deputados tem causado desconforto na cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio Grande do Norte. Apesar de ser vista como uma importante aliada no campo progressista, o partido não demonstra interesse em tê-la como candidata dentro da própria chapa federal para as eleições de 2026.
Nos bastidores, dirigentes do PT reconhecem que Thábatta poderia fortalecer a nominata e até garantir a eleição de uma bancada federal com três deputados. Ainda assim, o temor é que uma das vagas acabe ficando com ela, o que poderia alterar o equilíbrio interno da legenda e reduzir o espaço de nomes tradicionais da sigla.
Em 2022, Thábatta obteve 40.533 votos ao disputar uma vaga na Câmara dos Deputados pelo PSB, número superior ao da petista Samanda Alves, que somou 31.240 votos e é considerada um dos nomes de confiança da governadora Fátima Bezerra para 2026.
Em Natal, Thábatta também vem demonstrando força eleitoral: nas eleições municipais de 2024, foi a sexta mais votada, com 7.085 votos, consolidando-se como uma das principais lideranças da nova geração da esquerda potiguar.
O impasse, portanto, não é sobre afinidade ideológica, mas sobre espaço político. O PT enxerga em Thábatta uma aliada estratégica, mas não quer arriscar ceder terreno dentro da própria nominata.
A dúvida que fica é: diante da resistência petista, Thábatta Pimenta buscará outro caminho para disputar a Câmara dos Deputados em 2026?
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